sábado, 25 de junho de 2016

Pesadelo

Hoje acordei suada, atarantada e assustada. Tive um sonho terrível. Daqueles capazes de nos deixar a balançar intermitentemente a um canto da casa de olhar posto no vazio, tal como depois de ouvirmos o hino do Pedro Abrunhosa. Acordei, engoli em seco, ainda a tremelicar de tamanha inquietude…. E fui lavar os dentes.

PEÇO DESCULPA ÀS LEITORAS MAIS SENSÍVEIS PELO CONTEÚDO GRÁFICO DA DESCRIÇÃO QUE SE SEGUE.

Sonhei que tinha ido a um festival de música de verão qualquer com o meu homem e que lá ia passar a noite (sendo que “lá” nunca foi lugar tornado específico pelo meu subconsciente, por isso desculpem-me a inexatidão geográfica). A meio do sonho tive de usar as casas de banho públicas do dito festival, porque estava à rasquinha. Entretanto, estando eu ainda a fazer xixi, começam a tocar os Xutos e Pontapés. Logo depois, lembrei-me que não tinha levado nem base nem secador. Se o meu sonho fosse um filme, era mais ou menos nesse instante que a câmara se ergueria acima de mim enquanto eu rodava histérica sobre mim mesma e bradava aos céus de braços levantados.


Bom dia J

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Férias!


Engane-se quem pensa que ir de férias com duas crianças de 2 e 4 anos – ou vice-versa – é como nos filmes. Bem, até que pode ser... Se estiverem a pensar assim num mix entre “Massacre no Texas” e “Pesadelo em Elm Street” com direito às sequelas todas, mas sem a motosserra.

Na viagem de avião, trocámos de papéis. Em vez de serem eles a perguntar de meio em meio minuto se já tínhamos chegado, era eu. Entre gritos, pontapés, baba, ranho, granola a voar e vários subornos açucarados e desesperados vindos de vários passageiros assim decorreu a violenta e inesquecível viagem de hora e meia até à Madeira. Quando lá cheguei, só conseguia pensar na viagem de regresso. Será que ia ter de levar com aquele circo todo mais hora e meia? O meu pobre coração não aguentava mais uma viagem daquelas. “Mas depois penso nisso”, animei-me eu com uma palmadinha nas costas, “Já passou, já passou”, cantarolei mentalmente. Finalmente poderia descansar agora que estava em terra. Nada poderia ser tão mau como aquela viagem. Pensava eu, em toda a minha ingenuidade...

Ora bem, conseguir fazer uma refeição com os dois sentados era mentira. Sentar para comer é para fracos. A melhor refeição que lá fiz foi quando ambos adormeceram no restaurante. Maravilha! J A pior foi com o mais novo ao colo enquanto sorvia a comida de pé (nem sei o que comi) para depois chegar ao quarto e levar com o vomitado do mais velho em cima. Maravilha! J

Mas eles não se ficam pelas refeições: dormir também é para fracos… Bem como vestir, lavar dentes, andar de carro, subir escadas, descer escadas, entrar em elevadores, carregar em botões (todos, todos, todos), respirar… Tudo era motivo para fazer mais uma birra. Não sei que se passou. Ainda hoje desconfio daquelas bananas. E o melhor mesmo era a porta do quarto do hotel não permitir trancar por dentro, bastava rodar a maçaneta e eis que todo o hotel estava à disposição o que resultava em breves fugas do mais novo pelos corredores com o pai em cuecas a persegui-lo. Felizes das velhotas que puderam testemunhar aquele momento.


Só vos digo uma coisa: ir de férias cansa. Só volto a fazer férias em 2050!