Li algures que um bebé de 2 anos é capaz de compreender e obedecer a ordens básicas. Claro que o artigo não referia que essa "ordem básica" poderia ser totalmente ignorada se entre a ordem dada e o objectivo a cumprir estivessem pelo menos uns 20 degraus, porque o que acontece é que à medida que o bebé vai subindo degraus decidido a cumprir a dita ordem, esta se vai tornando cada vez mais difusa até se desvanecer por completo da sua mente totalmente dispersa.
Hoje, o Sam de 25 meses (esta mania dos meses que não passa) chegou ao pé de mim e disse com cara de nojo por entre a chupeta: "Caca." Pois claro, que mais poderia ser. Estranhava era se me viesse dar uma boa notícia. Achei que a altura era mais que apropriada para testar a teoria das ordens básicas, ainda por cima sendo que mais básico que fazer cocó impossível. "Vai buscar uma fralda", disse-lhe eu apontando para as escadas. "Faulda?". Isso, isso. E lá foi ele pé ante pé, muito feliz da vida por ter sido incumbido de tão nobre tarefa.
Dois minutos depois, ouço-o descer as escadas. "Pega", disse ele. Claro que fralda nem vê-la. Felizmente, trouxe-me uma t-shirt do Homem-Aranha e a escova de dentes do irmão (esperto!) que é o que não pode faltar quando se trata de limpar uma fralda radioactiva de cocó ainda fumegante.
Eu bem que tentei evitar subir - outra vez - as escadas em nome da ciência, claro está, mas lá teve de ser... por isso que se lixe a teoria do bebé que obedece. Deve ser tão real como o coelhinho da Páscoa.
terça-feira, 24 de maio de 2016
sexta-feira, 20 de maio de 2016
Bom dia!
Sabem qual é a melhor forma de levar com um iogurte líquido
no focinho sem ajuda? Vou explicar:
Primeiro passo: Pegar
num iogurte líquido ligeiramente aberto que - por acaso e de forma suspeita - o
vosso marido deixou na bancada da cozinha.
Segundo passo: Olhá-lo
nos olhos, de mulher para iogurte, e deixá-lo sentir que dentro de momentos lhe
irão sugar a vida leitosa e nutritiva todinha que preserva dentro daquele frágil
corpinho de plástico.
Terceiro passo
(opcional): Soltar riso maquiavélico acompanhado de um ligeiro inclinar da cabeça.
Quarto passo: “Agitar
antes de beber”, tal como diz o rótulo. Contudo, não se fiquem pelo mero “agitar”.
Não. Isso é para meninas. Sacudam-no vigorosamente enquanto largam ganido à
Bruce Lee para lhe mostrar quem manda. Se não estiver aberto garanto-vos que
corre tudo bem, no meu caso levei com ele nas trombas que é para aprender a não me armar em Indiana Jones logo pela manhã.
Bom dia.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
Tácticas para se enfiarem na nossa cama
Se há coisa que não me posso queixar é das noites. Ambos os
meus filhos – entenda-se os dois J
– adormecem sozinhos minutos depois de
os deitar. Nem sempre foi assim. Aliás, não é à toa que as olheiras até ao
queixo são a minha imagem de marca. Dica:
corrector + duas bases costumam funcionar. Dica2: não esquecer de fazer o mesmo
ao resto da cara para não assustar o senhor da frutaria que me perguntou se
tinha alguma doença de pele e que a filha se tinha ido tratar a França.
Tantas vezes acordaram, tantas vezes me levantei e deitei e levantei e levantei e levantei (sendo que aqui a palavra chave é levantar) que conheço os contornos desta casa de olhos fechados. Guio-me pelo som da choradeira e ainda recorro à ecolocalização que aprendi a dominar num programa da National Geographic. Acho que nos primeiros tempos passava mais tempo no corredor entre os quartos do que propriamente dentro de algum, porque normalmente aquela tábua ali à entrada do meu quarto - que tem claramente alguma coisa contra mim - fazia um barulho qualquer que acordava algum deles.
Tantas vezes acordaram, tantas vezes me levantei e deitei e levantei e levantei e levantei (sendo que aqui a palavra chave é levantar) que conheço os contornos desta casa de olhos fechados. Guio-me pelo som da choradeira e ainda recorro à ecolocalização que aprendi a dominar num programa da National Geographic. Acho que nos primeiros tempos passava mais tempo no corredor entre os quartos do que propriamente dentro de algum, porque normalmente aquela tábua ali à entrada do meu quarto - que tem claramente alguma coisa contra mim - fazia um barulho qualquer que acordava algum deles.
Mas estávamos a falar de quê? Ah, sim! Então por volta das
22h, é hora de picar o ponto. Um vai agarrado a quatro bichos (mais especificamente um tigre, um cão, um
sapo e um elefante a quem chama carinhosamente de “Bu” e que está desaparecido há
cerca de 2 semanas); o outro vai agarrado a duas fraldas de pano
criteriosamente seleccionadas da prateleira das nanas pelo próprio após preenchidos os exigentes requisitos: a) cheiro,
b) cor, c) consistência e c) suavidade ao toque. É quase como degustar um bom vinho
e sendo o meu filho um “pro” nesta degustação de nanas leva cerca de 5 minutos a analisar todos os critérios. Eu cá só percebo mesmo de vinhos, portanto não vos posso elucidar muito mais acerca desta arte.
Ultimamente, o meu filho mais velho, de 3 anos quase 4, tem
inventado uns pretextos curiosos, alguns diria mesmo que roçam o paranormal,
para se vir enfiar na minha cama. Deixo abaixo a lista das desculpas mais
criativas que tem usado ultimamente:
#Sofrimento
I-Tenho dói-dói na
“baguiga”;
II-Tenho dói-dói
no pé e na minha cama dói MUITO, MUITO e na tua só dói um “caguinho” (=bocadinho);
III-Dói-me a boca quando
fecho os olhos (perfeitamente compreensível,
a quem nunca isto aconteceu que atire a primeira pedra);
IV-Dói-me o
cabelo.
#Bodes Expiatórios
I-A vovó prometeu
que hoje dormia aqui (primeiro bode: a
avó);
II-O meu ouvido
está sempre a falar e não me deixa dormir (segundo
bode: as vozes).
#Negligência
I-Tenho uma unha
grande;
II-Ainda não comi uma
coisa! (depois de ter enfardado 2kg de arroz, meio frango, ¼ de melancia e um
iogurte);
III-Esta mão tem
frio;
IV-Só me deste um
beijinho nesta cara (esquerda) e a
outra (direita) ficou muito “tiste”.
#Subornos
I-Mas eu gosto
tanto de ti, mamã! (esta por norma
funciona sempre, raio do rapaz que me descobriu o calcanhar de Aquiles)
#A Completamente Esfarrapada
I-Já dormi muitas
vezes! Não é para dormir sempre!
Boa noite J
Procura-se elefante cinza com um chapéu demasiado pequeno para a
cabeça e com orelhas ridiculamente grandes. Dá pelo nome de “Bu”. Da última vez que foi visto, tinha duas manchas
de chocolate na tromba. Contacte por favor a blogger caso possua mais informações acerca do seu paradeiro. Grata.
quarta-feira, 11 de maio de 2016
Dia da Mãe
Hoje comecei o dia de forma pacífica, como qualquer outra
mãe, a correr atrás do meu filho de 3 anos, que primeiro não se queria vestir e
depois de tomar o pequeno-almoço decidiu correr casa fora em desvario como se a
vida dele dependesse disso. Por meio de gritos e gargalhadas aconteceu o
inevitável: primeiro acordou-me o meu filho mais novo, que eu esperava que
dormisse pelo menos até às 9h (uma gaja pode sonhar, ok?) e logo depois regou-me o
chão e a roupa que lhe tinha acabado de vestir (e de passar na noite anterior
com tanto custo) de vomitado - daquele bom e cheirosinho que já me habituei a
limpar em média uma vez por semana - após um ataque de tosse incontrolável. Facto:
um iogurte de 125gr meio digerido consegue sujar cerca de 10m2 de chão. Respirei
fundo e fui buscar a minha velha amiga esfregona e ainda tive de lhe trocar de
roupa, que era mesmo o que me apetecia fazer às 8h. O dia começava bem.
Ora bem, à tardinha quando veio da escola quase que se ia
redimindo. Quase! Eis que me aparece de saquinho colorido na mão e de sorriso rasgado. “Pega, abre! É para ti, mamã”, dizia ele de olhos a brilhar. Era a minha prenda do Dia da Mãe! Que
emoção! Só veio atrasada 10 dias, coisa pouca para português filho de
portugueses. Que orgulho! A minha primeira prenda do Dia da Mãe feita pelas
mãos habilidosas e gorduchinhas da minha primeira cria! Abri o saquinho com cuidado e…
tentei conter o ataque de riso. “Gostas, mamã?”
Gosto tanto, filho :)
(PS. Só preciso de um bocadinho de cola...)
terça-feira, 10 de maio de 2016
De patrocínios precisava eu...
Agora anda tudo a pedir perdão à Carolina Patrocínio porque parece que a
rapariga tem ossos a mais. Até já dizem que é bullying. Não sei o que é maior
perda de tempo, se a notícia do peito ossudo dela, se a notícia em que fazem
dela uma mártir em prol da defesa dos direitos das mulheres. O certo é que se
perde tempo com o decote dela – passo a vida a levar com (o espaço entre) as mamas dela sempre
que abro o Facebook. E o mais interessante é que agora todos lhe pedem
desculpa.
O melhor mesmo é começarmos também por pedir desculpa à Lili Caneças, que
coitadinha todos os dias é alvo de alguma piada jocosa nas redes sociais só
porque fez outra operação plástica ao dedo mindinho do pé e já agora à Pépa Xavier tão
criticada só porque quer uma bolsa Chanel de 3 mil euros. Uma gaja já não pode
sonhar – alto - que leva logo com tudo em cima. Que horrrrrror! E à nossa Ana
Malhoa? Quem pede desculpa? A cantora latina mais turbinada da Europa e de algumas
ilhas da Tailândia? Todos os dias lhe chamam de parola, acham que é fácil viver
assim? Quem lhes pede desculpas a elas? Coitadinhas. A sério, coi-ta-dééérrimas!
Já imaginaram a pobre vida que esta gente leva? Não há descanso.
A vida dificílima, a dúvida constante sem nunca saberem qual a próxima
passadeira vermelha a que vão, os terríveis obstáculos e provações que têm de
enfrentar todos os dias no mundo impiedoso das redes sociais. Ser
"socialite" (e cantora pimba) tem destas coisas, meus queridos. As
pessoas pensam que é fácil ser rica e famosa e linda e falada e magra. Não
imaginam as artroses todas que as sessões de autógrafos causam, a dor no braço
para tirar as “selfies” #semfiltros mais perfeitas, as infindáveis noites de saltos altos a
comer “canapés” de salmão e rolinhos de sushi por entre sorrisos ensaiados, as
horas intermináveis no ginásio, as viagens, os spas, os vestidos de estilistas
que lhes passam a vida a querer oferecer - é uma chatice, acho eu que vou aos
saldos da Zara feliz da vida.
Talvez um dia as pessoas se lembrem de pedir perdão às pessoas certas e por
coisas menos triviais que os efeitos "bicudos" de demasiadas visitas
ao ginásio que não interessam a ninguém ou não deviam interessar, tanto, pelo menos. Enfim... Deixem
lá a rapariga. Ela que malhe no ginásio e seja feliz para todo o sempre... ou pelo menos até à próxima foto polémica.
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